Na última terça-feira, 14/04, foi publicado o “Exame de Ordem em Números”. O relatório traça o perfil do ensino jurídico em todo o país, examinando os resultados desde a 2ª edição do Exame (2010), até a 29ª Edição (2019). O documento é feito pela Fundação Getúlio Vargas em parceria com o Conselho Federal da OAB.

    Você pode conferir aqui, com base no relatório, quais as instituições de ensino que mais aprovam no país.

    Comentários do ministro Marco Aurélio Bellizze

    De acordo com o ministro do STJ e coordenador da área acadêmica do Exame de Ordem, Marco Aurélio Bellizze, existe uma discrepância entre as taxas de aprovação das universidades públicas e privadas. No entanto, o ministro ainda ressalva “o mercado de trabalho não deixa de admitir profissionais que vieram de boas faculdades privadas.”

    Ainda de acordo com ele, o maior culpado por existirem profissionais desqualificados na advocacia é o ensino jurídico ministrado no país, fruto de desigualdades regionais e políticas públicas adotadas, e não o Exame de Ordem.

    Taxa de aprovação

    De acordo com o relatório, a região Sul possui a maior taxa de aprovação no Exame, com 64,5%. Em segundo lugar está o Nordeste (62,8%), seguido de perto pelo Sudeste (61,4%). Por fim temos as regiões Centro-Oeste (56,9% de aprovação) e o Norte (56,2%).

    A área escolhida para a segunda fase do Exame também influencia na taxa de aprovação. Pode-se ver pela análise do relatório que as disciplinas mais escolhidas foram Direito Penal, com taxa média de 30% nos últimos 10 anos, e Direito do Trabalho, com 27%. No entanto, a aprovação nessas duas matérias foi de, respectivamente, 17,17% e 17,9%.

    A avaliação por seccional da OAB destaca o Ceará como a que mais aprova, com taxa média de 70%. Em seguida temos as seccionais do Paraná (66%) e Minas Gerais (65%). Já entre as que menos aprova temos Roraima, Mato Grosso e Amapá.

    “O Exame é um filtro de qualificação”

    O ministro Bellizze afirmou ainda que o Exame de Ordem funciona como um filtro de qualificação das universidades. Para ele, não é possível pensar em um Exame ideal, mas sim trabalhar com políticas públicas e investimento para melhoria do ensino jurídico no país.

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