O caso aconteceu em Salvador, duas ex-alunas do curso de Direito de uma faculdade particular denunciaram sua professora por plágio. De acordo com elas, seus Trabalhos de Conclusão de Curso foram incluídos em livro e revista, no entanto, nas publicações, a professora assinou os textos como dela, sem citar as alunas. Elas ainda acusaram a professora de não ter os cursos de pós-graduação que exibe no currículo.
A acusada, Cátia Regina Raulino, já foi professora e coordenadora de faculdades. Atualmente Cátia possui diversos perfis nas redes sociais, através dos quais ela divulga seu trabalhos, um desses perfis possui mais de 180 mil seguidores.
O MP BA já se pronunciou dizendo que apura quatro denúncias contra Cátia, sendo duas referentes à suposta prática de exercício ilegal da advocacia e duas por plágio.
Na última quarta-feira, 26 de agosto, o delegado Antônio Carlos Magalhães Santos, responsável pelas investigações, informou que a investigada tem cinco dias úteis para apresentar as titulações e diplomas.
A professora e advogada chegou à delegacia no começo da manhã e deixou o local por volta do meio-dia. Nem ela, nem seu advogado falaram com a imprensa. Através de nota, divulgada no mesmo dia, foi dito que Cátia se apresentou espontaneamente. Além disso, ela estaria reunindo os documentos comprobatórios necessários.
Três vítimas já foram identificadas
De acordo com o Delegado do caso, três vítimas já haviam sido identificadas até a quarta.
A gente já conseguiu ouvir uma vítima que está no exterior. Outra vítima a gente vai ouvir na delegacia. Até agora, identificadas e já em contato com a delegacia, são três vítimas
O depoimento de Cátia
Ainda de acordo com ele, Cátia teria dito durante o depoimento que não exercia a advocacia. No entanto, de acordo com a polícia, suas redes sociais mostram o contrário.
Ela fala que tem algumas titulações. Inclusive, ela se revela o direito de não apresentar nesse momento. A gente solicitou e ela disse que nos próximos cinco dias vai apresentar nessa delegacia a titulação. Inclusive, ela alega que, em momento algum, ela exerceu atividade de advocacia. Mas, é claro, pelo próprio Instagram da mesma, e outras publicações, não condiz com a verdade
Sobre a acusação de plágio
Sobre a acusação de plágio, o delegado disse que a mulher negou.
Ela nega o plágio, mas diz que existe aquiescência das partes. A gente ainda não ouviu essas partes. Temos afirmações delas, inclusive, por escrito, que não autorizou, mas a gente autorizou o procedimento da própria faculdade. É claro que a gente vai ter que entrar em contato com a faculdade, para que a gente possa confirmar e ver se existe veracidade nas afirmativas dela, ou não
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