Embora no Brasil tenhamos mais mulheres do que homens, na faixa entre 25 e 40 anos de idade, com registro de advogado na OAB, os espaços na advocacia ainda são, em sua maioria, ocupados pelo sexo masculino. Segundo dados da OAB, existem cerca de 600 mil advogadas inscritas na Ordem, e um pouco menos de homens, aproximadamente 550 mil. Para mudar esta realidade, a OAB instituiu o dia da mulher advogada, comemorado em dezembro, e ainda promulgou 2016 como o ano da mulher advogada. Vamos falar, especialmente hoje, dia da mulher advogada, sobre O espaço da mulher na advocacia.

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Dia da mulher advogada

O Dia da Mulher Advogada é uma data comemorativa celebrada no Brasil em 15 de dezembro. Instituída em 2016 pelo Conselho Federal da OAB, trata-se de uma homenagem à Myrthes Gomes de Campos, a primeira mulher brasileira a obter o registro de advogada no país, em 1906. Em 1898, Myrthes concluiu o bacharelado em Direito pela Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. No ano seguinte, estreou no Tribunal do Júri do Rio de Janeiro em defesa de um homem acusado de agressão e venceu a promotoria, mas somente anos depois foi autorizada a ingressar no quadro de sócios efetivos do Instituto dos Advogados do Brasil (IAB), requisito obrigatório para o exercício da advocacia na época.

O espaço da mulher na advocacia

Fazendo uma pesquisa para escrever este texto, deparei-me com um escritório, em Santa Catarina, formado apenas por mulheres. Trata-se do Minieri & Barreiros Advogados Associados. De imediato, procurei a Dra. Alessandra Minieri, advogada, que muito sabe sobre o O espaço da mulher na advocacia. “Existe um esforço coletivo e individual das mulheres em encontrar uma posição no mercado de trabalho, mantê-la e continuar progredindo em suas carreiras, na advocacia não é diferente. A mulher advogada vem se preparando muito para os desafios profissionais, em sua maioria, são comprometidas,  estudiosas, responsáveis e cuidadosas”, diz a jurista.

Escritório totalmente feminino

Não deveria ser surpreendente ver um escritório totalmente formado por advogadas. Visto que existem tantos formado apenas por homens. Mas, ainda assim, é de se achar destoante, infelizmente. “no dia a dia somos muito participativas e dividimos nossos desafios profissionais com o grupo, acredito que por sermos todas mulheres existe uma facilidade de compreender o ritmo de vida diferenciada de cada uma”, pontua Alessandra.

Dificuldades da mulher advogada no Brasil

Se firmar em um mercado ocupado, em sua maioria, por homens não é tarefa fácil. Mas competência e talento resolvem esta questão. “O mundo dos negócios ainda é dominado fortemente pelos homens, uma das dificuldades que a mulher enfrenta é ter que se provar sempre, o ambiente masculino é bastante conservador e é muito comum sermos testadas. Aí, vale o talento e garra de cada mulher”, ressalta Alessandra.

O machismo na advocacia

Outra realidade enfrentada pelas “Damas da Advocacia” é a tentativa de diminuição da atuação pelo simples fato de serem mulheres. “Somos obrigadas a nos impor duplamente. Infelizmente muitos homens  ainda acreditam que a competência está embalada no terno e gravata”, finaliza Dra. Alessandra Minieri.

 

 

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