Olá, OABeiros! Está se preparando para a 2ª fase da OAB e não consegue parar de se preocupar com as respostas das questões discursivas? Calma! Venha conferir as dicas cruciais que preparamos para vocês, e alcance a tão sonhada carteirinha vermelha!
Como é a segunda fase da OAB?
Na 2ª fase da OAB é possível levar o Vade Mecum, sem comentários ou anotações. Mesmo com a consulta permitida, vale atentar-se ao edital, que estabelece uma série de requisitos para que o seu Vade seja aceito. Portanto, antes de iniciar os estudos, garanta que conhece todas as regras, para que não tenha nenhum problema no dia da prova.
Se mantenha também atualizado sobre as mudanças em leis e sempre tenha em mãos a legislação que está em vigência. O material a ser consultado é inspecionado pelos aplicadores da prova, e se você não cumprir as regras, poderá ficar sem acesso á consulta durante o certame.
A avaliação tem valor total de 10 pontos, sendo cinco pontos na redação da peça processual e, em regra, 1,25 para cada questão discursiva. O tempo, assim como na primeira fase, é de cinco horas. Para aprovação, é necessário conseguir, no mínimo, seis pontos.
Critérios de Correção
Raciocínio jurídico dos candidatos é o mais avaliado nas questões subjetivas da prova. Assim, de nada adianta fazer a referência a determinado Artigo, sem justificar com bons argumentos suas respostas. A argumentação desenvolvida será avaliada, sendo a justificativa lógica imprescindível.
O examinador gosta de objetividade e assertividade na resposta dada pelo candidato. É possível até fazer uma breve introdução antes de ir para o foco da questão, mas o aconselhável é ir direto ao ponto.
Esta objetividade é importante porque muitas vezes o candidato utiliza várias linhas para tratar de um subtópico, quando, na verdade, o tópico que pontuava mais foi tratado em duas ou três linhas. É por isso que muitos alunos não recebem a pontuação cheia da questão.
Nesse sentido, estude considerando o chamado “espelho de resposta”, analisando qual ponto da questão provavelmente tem o maior peso.
Além da objetividade, o examinador espera que o candidato, mesmo que em poucas linhas, fundamente sua resposta com base na lei, na doutrina e na jurisprudência.
Exemplo: Na pergunta “o que significa “Y”?”. Resposta ideal: “Y, segundo a doutrina majoritária é isso. Porém, o entendimento consolidado pelo STF na súmula xx é em sentido contrário, concluindo que Y é aquilo”. Ademais, a lei nos informa xxx.
Mesmo que seu examinador queira que você siga o entendimento majoritário, é importante mencionar todas as correntes, pois isso demonstra o conhecimento do candidato.
Se tiver acesso à legislação, busque sempre relacionar um artigo ou súmula ao tema exigido na resposta. Não transcreva o texto da lei, tente adaptá-lo às suas palavras.
Referente à parte prático-profissional, a argumentação também é ponto fundamental. No entanto, mesmo que o conhecimento de ortografia, semântica e sintaxe não seja o foco principal da correção da prova, esses aspectos sempre serão relevantes. Muitas Bancas costumam tirar pontos dos candidatos que apresentam respostas com erros gramaticais.
Atenção às pegadinhas
Na inquietação por resolver toda a prova rapidamente, alguns candidatos acabam caindo em pegadinhas. Por isso, é muito importante ler o enunciado com atenção e mais de uma vez.
Um macete para evitar essas armadilhas, é ler as perguntas circulando as palavras-chave. Além de ficar mais alerta, será mais fácil de identificar com facilidade a finalidade da questão.
Marque no enunciado palavras como “incorreto”, “correto”, “inconstitucional”, “nunca” e “sempre”. Identifique-os para saber o que a pergunta está solicitando.
Atenção aos enunciados
Grife as palavras-chave do texto da pergunta, através de uma leitura detalhada. Identifique qual pergunta está sendo feita, e leia novamente para extrair os dados que precisa para responder.
Um ponto de atenção é entender a pergunta em si e quais informações vão ser necessárias para respondê-la corretamente.
Além disso, em questões com vários itens, é importante que o aluno leia com atenção todas as letras, antes de começar a responder, visto que, muitas vezes, uma resposta elimina ou complementa a outra.
Por exemplo: o item B depende da resposta do item A, e assim por diante. Então, é importante o aluno responder cada item com cuidado, para não se prejudicar nos itens seguintes.
Sinalize as questões de acordo com o nível de dificuldade.
Essa dica já é conhecida mesmo nas provas objetivas da primeira fase. Leia a prova e marque as questões de acordo com o nível de dificuldade (fácil, média ou difícil).
Comece pelas fáceis, depois vá para as médias e deixe as difíceis para o final, para garantir o máximo de pontuação possível.
Iniciar pelas questões que o candidato tem mais facilidade garante que ele fique psicologicamente mais tranquilo. Tentando resolver as mais difíceis no início, muito tempo será perdido e o aluno vai ficar tenso pela demora em resolver.
Atenção na hora de escrever a resposta das questões
A resposta das questões deve ser transcrita a caneta (azul ou preta, a depender da exigência de cada edital).
Se o candidato errar alguma palavra ou número, basta fazer uma rasura simples e escrever a palavra certa ao lado. Não é permitido o uso de corretivo!! Independente de rasura, o mais importante é deixar clara a resolução da questão e a resposta definitiva.
É importante destacar, ainda, que o examinador não é tão paciente, já que corrige muitas provas. Então, tente manter a linha de raciocínio durante toda a resposta, de forma que a leitura seja fácil para quem está corrigindo sua prova. Ao terminar a questão, revise o que foi escrito para checar se há algum erro que passou despercebido.
E aí? Ficou por dentro de tudo?
Esperamos que essas dicas auxiliem os seus estudos. Mas não esqueça: quem chega à segunda etapa de um certame tem um grande conhecimento jurídico, basta intensificar os estudos de maneira adequada e direcionada que você conseguirá alcançar seu objetivo.
Vamos juntos!