Após uma chacina que vitimou 14 pessoas no Ceará, a seccional cearense da OAB estuda a possibilidade de formalizar um pedido de intervenção federal no Ceará. O crime ocorreu na madrugada do último sábado, quando criminosos invadiram uma festa que ocorria em uma danceteria, em Fortaleza. Diante do que já é considerada a maior chacina do Ceará, a Ordem promete agir para garantira  investigação do caso e maior sensação na sociedade.

    Palavra da OAB-CE: intervenção federal no Ceará

    O presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB-CE, Francisco Garisto, afirmou que o pedido de intervenção poderá ser uma das deliberações. “Temos 15 mortes por dia. Não tem isso nem na Síria ou no Iraque. No ano passado foram 5.440 mortes e, somente neste mês de janeiro, já morreram mais de 400”, disse Garisto à Agência Brasil.

    Nota completa da OAB-CE

    “O ocorrido comprova o que a sociedade cearense já vem presenciando no seu cotidiano. Estamos vivendo um colapso na segurança pública e, a cada dia, nos tornamos reféns de atos da violência urbana, situação que se repete no interior do estado, com a presença do crime organizado desafiando o poder estatal. A OAB do Ceará sugere uma reforma na segurança pública, com ações planejadas, combativas, atuantes e efetivas, garantindo investimentos em políticas públicas, com equipamentos adequados, inteligência das polícias e demais ferramentas que garantam uma investigação eficaz para cada cidadão cearense.”

    Pronunciamento governamental

    O governador Camilo Santana falou sobre o caso através de seu perfil em uma rede social. O chefe do executivo cearense chamou a chacina como de “ato selvagem e inaceitável”. O governador informou ainda que se reuniu com o secretário de defesa e alta cúpula das policias estaduais. “Determinei rigor absoluto nas investigações e busca incessante dos criminosos, para que todos os envolvidos sejam identificados e presos o mais rápido possível. Não aceitaremos de forma alguma que esse tipo barbárie fique impune”, escreveu Camilo Santana.

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