Após ter que adiar para o próximo dia 10 de junho a 2ª Fase do XXV Exame de Ordem, o presidente da OAB, Claudio Lamachia, afirmou neste final de semana que a greve dos caminhoneiros é fruto do desmantelo geral que tomou conta da nação. Ainda segundo ele, a situação foi agravada pela política de preços abusivos dos combustíveis. Os constantes reajustes de preços têm prejudicado todo o sistema produtivo brasileiro, além de alterar consideravelmente o cotidiano dos cidadãos.

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Desabastecimento

Para o presidente da OAB, “a adoção dessa política, sem levar em conta seus efeitos sociais, inviabilizou a atividade dos responsáveis pela quase totalidade do abastecimento no país”. Ele falou também sobre a precariedade da infraestrutura do país. “Há décadas, os seguidos governos, de diferentes matrizes ideológicas, se recusam a investir no desenvolvimento de outras formas de transporte”, pontuou.

Impasse

“O direito à livre manifestação não comporta o sufocamento de outros direitos, como o de ir e vir e o de ter acesso à saúde, alimentação e segurança. Na mesma linha, deve o governo lidar com a situação de forma a não agravar a tensão social nem as ofensas aos direitos fundamentais”, destacou.

Corte de gastos

Lamachia destacou ainda que é preciso que o governo encontre meios de economizar despesas, sem onerar ainda mais os contribuintes, que são atingidos por uma das mais altas cargas tributárias do mundo, sem que qualquer tipo de direito previsto na Constituição Federal seja devolvido a contento. Mais uma vez, a OAB se coloca a disposição para colaborar na busca por soluções”.

Crítica aos políticos

Ao finalizar sua manifestação, Lamachia alertou que “quem anda atrás dos vidros escurecidos dos carros oficiais e nos privilegiados voos da FAB, deve lembrar sempre que o combustível que o Estado lhe fornece gratuitamente sai do bolso do contribuinte, que paga muito caro por ele”.

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