Um assunto controverso e muito debatido entre os operadores do direito, mas precisamente os advogados. Em meio a um acesso cada vez maior à tecnologia e à constate evolução da comunicação, eis que a seccional pernambucana da OAB determinou, por meio do seu Tribunal de Ética e Disciplina (TED), as diretrizes para a utilização da publicidade nas redes sociais dos advogados e advogadas inscritos no estado. Em resumo, com a medida, nem advogados nem escritórios de advocacia podem patrocinar publicações em redes sociais. Vamos entender como funciona a publicidade de advogados em redes sociais.
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Publicidade de advogados em redes sociais
O patrocínio de uma publicação na web consiste em aplicação financeira para destacar um produto ou serviço. Ou seja, quanto mais dinheiro se aplica, mais pessoas terão acesso ao conteúdo da página patrocinada. Diante disto, o Conselho Pleno do TED entendeu que esta prática acaba por forçar o cidadão a receber um conteúdo do qual não procurou espontaneamente.
Decisão da OAB-PE
Em reunião do Conselho Pleno do TED, o órgão decidiu por proibir o artifício de patrocinar páginas de escritórios ou perfis profissionais dos advogados e advogadas pernambucanos. Na justificativa, a Ordem acha que este tipo de publicidade apresenta clara desvantagem de um jovem advogado no início da caminhada profissional, por exemplo, se comparado a escritórios inseridos no mercado há muito tempo.
Nem todos concordam
A medida gerou polêmica entre os advogados pernambucanos. Muitos discordam da proibição e apontam a tecnologia como um caminho inevitável. “Isso é um retrocesso. Meu escritório é novo e totalmente integrado as novas tecnologias. Esse é o mundo real e não entendo esta reação da OAB”, disse o advogado Adiel Alves, recém formado.